«Oito dias depois, veio Jesus»
Assim é: oito dias depois, veio Jesus. Assim há-de ser: oito dias depois, vem Jesus, estando nós outra vez em casa, na Igreja reunida e unida na celebração da Eucaristia. «Vem Jesus, coloca-Se no meio de nós e diz-nos: «A paz esteja convosco». «Mostra-lhes a mãos e o lado», mostra-nos na mesa da Palavra e do seu Corpo e Sangue o Pão da Vide eterna. E nós, discípulos, ficamos cheios de alegria ao ver o Senhor, reconhecendo-o na explicação da Sagrada Escritura e na fracção do Pão. É a fonte da nossa alegria. Na verdade, «vemos o Senhor» que, na sua misericórdia, quer que continuemos a fazer a experiência viva e real da sua viva e real presença no meio de nós para crescermos na fé e a confessarmos com maior força: «Meu Senhor e meu Deus». Acreditando que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, temos a vida em seu nome. Ele é o Senhor dos vivos e dos mortos. Pertencemos ao Senhor. Vivemos para o Senhor. «Porque Me viste acreditaste: felizes os que acreditam sem terem visto». Não vendo, sabemos que «só a confiança e nada mais que a confiança tem de conduzir-nos ao Amor» d’Aquele que nos reúne cada domingo no seu amor, fonte de vida, de alegria e paz. Na «Festa da Divina Misericórdia», rezamos em comunhão com toda a Igreja: «Jesus, eu confio em Vós!».
«Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados». Ele envia-nos como testemunhas da sua ressurreição, em missão de misericórdia: «Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». É a fonte da nossa paz. Sopra sobre nós e diz-nos: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes serão retidos». Missionários da sua paz pela nossa reconciliação com Deus e uns com os outros pedindo perdão a Deus dos nossos pecados e perdoando a quem nos ofende.
«Vejam o que fez comigo: mais me cansei eu de o ofender, que Sua Majestade de me perdoar. Nunca Ele se cansa de dar… não nos cansemos nós de receber». «A mim deu-me a sua Misericórdia infinita, e é através dela que contemplo e adoro as demais perfeições divinas». «Como é misericordioso o caminho pelo qual Deus me conduziu». «Ó Jesus! se eu pudesse dizer a todas as pequenas almas quão inefável é a tua condescendência!». «Por meio deste Coração ferido não cessa de se difundir também entre os homens e mulheres da nossa época o fluxo restaurador do amor misericordioso de Deus. Quem aspira à felicidade autêntica e duradoura, só nele pode encontrar o seu segredo… A divina Misericórdia! Este é o dom pascal que a Igreja recebe de Cristo ressuscitado e que oferece à humanidade na alba do terceiro milénio. «De agora em diante, Maria não deve olhar para mais nada neste mundo, só para o Deus misericordioso, para o Jesus da EUCARISTIA!».
Amada Santa Teresinha, ajudai-nos a ter sempre confiança, como fizestes vós, no grande amor que Deus tem por nós, para podermos imitar cada dia o vosso caminhito de santidade. Amen.
Padre Manuel Reis