Domingo no Carmelo

Domingo III da Páscoa

«Assim está escrito que o Messias havia de sofrer
e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia»

Os discípulos de Emaús no caminho reconheceram Jesus ao partir do pão. No Cenáculo, Jesus apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Espantados e cheios de medo… Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo; tocai-Me e vede… Eles, na sua alegria e admiração, não queriam ainda acreditar… Tendes aí alguma coisa para comer? Deram-Lhe uma posta de peixe assado, que Ele tomou e começou a comer diante deles… Puderam convencer-se pessoalmente de que Ele era o mesmo Jesus que tinham conhecido antes como “o Mestre”.

«Desde então [dia de Pentecostes], nunca mais a Igreja deixou de se reunir em assembleia para celebrar o mistério pascal, lendo o que se referia a Ele em todas as Escrituras, celebrando a Eucaristia na qual se torna presente o triunfo e a vitória da sua morte, e dando graças a Deus pelo seu dom inefável em Cristo Jesus, para louvor da sua glória».

«Está escrito»: ‘Tem de se cumprir tudo o que está escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos’». Abriu-lhes então o entendimento para compreenderem as Escrituras e disse-lhes: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia, e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém». Vós sois as testemunhas de todas estas coisas.

«O que escrevi, escrevi».«O Deus de nossos pais, glorificou o seu Servo Jesus… Deus ressuscitou dos mortos o autor da vida… e nós somos testemunhas disso… Deus cumpriu o que de antemão tinha anunciado pela boca de todos os Profetas: que o seu Messias havia de padecer… Ele é a vítima de propiciação pelos nossos pecados, e não só pelos nossos, mas também pelos do mundo inteiro… Portanto, arrependei-vos e convertei-vos, para que os vossos pecados sejam perdoados».

«O que está escrito tem muita força». «Tem de se cumprir tudo o que está escrito a meu respeito nos Salmos». «O Senhor me atende quando O invoco. Sabei que o Senhor faz maravilhas pelos seus amigos». Em paz me deito e adormeço tranquilo, porque só Vós, Senhor, me fazeis repousar em segurança». «Jesus adormeceu e ergueu-se do sono da morte porque Deus era o seu protector». «Deus ressuscitou Jesus, libertando-O das garras da morte». «Era justo que a força da ressurreição fosse aplicada antes de mais a Ele, ao corpo assumido da Virgem Maria, ao corpo crucificado, ao corpo ressuscitado. «Como é extraordinariamente grande o seu poder para connosco, os crentes, de acordo com a eficácia da sua força poderosa, que eficazmente exerceu em Cristo: ressuscitou-o dos mortos e sentou-o à sua direita, no alto do Céu». «Jesus conserva a própria identidade apesar da extraordinária transfiguração que se tinha actuado n’Ele depois da ressurreição. E aquela identidade conserva-a ainda hoje. Ele é o mesmo hoje como era ontem, e será o mesmo por toda a eternidade».

«Sabei que o Senhor faz maravilhas pelos seus amigos, o Senhor me atende quando O invoco». «O Senhor fez maravilhas n’Aquele que ressuscitou dos mortos». «Muitos dizem: “Quem nos fará felizes?”. Fazei brilhar sobre nós, Senhor, a luz da vossa face». «Quando Vos invocar, ouvi-me»: «Senhor Jesus, abri-nos as Escrituras, falai-nos e inflamai o nosso coração» para aguardarmos o dia da ressurreição na esperança da felicidade eterna».

Padre Manuel Reis

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