Domingo no Carmelo

Domingo III da Páscoa

Jesus aproximou-Se, tomou o pão e deu-lho,
fazendo o mesmo com o peixe”

«Esta foi a terceira vez que Jesus Se manifestou aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado dos mortos». O Evangelho de hoje é uma parábola sobre a missão da Igreja que obedece ao mandato missionário do Senhor e O reconhece no Pão da Eucaristia. Pedro preside e toma a iniciativa: «Vou pescar». Os outros ajudam: «Nós vamos contigo». «Toda a Igreja é missionária». A pesca realizada de noite, sem Jesus, é um fracasso: «naquela noite não apanharam nada». Os discípulos, concentrados no seu trabalho inútil, nem reconhecem Jesus quando Ele se apresenta: «os discípulos não sabiam que era Ele». «Rapazes, tendes alguma coisa para comer?». «Não». Estão desorientados e decepcionados por «não terem nada para comer».

«Disse-lhes Jesus: “Lançai a rede para a direita e encontrareis”. Eles obedeceram: “Eles lançaram a rede”. A pesca, ao romper da manhã, com Jesus, a luz do mundo, é abundante de peixes». Os “153” grandes peixes significam a plenitude e a universalidade dos povos da humanidade inteira reunida na barca da Igreja (São Jerónimo). João, o discípulo predilecto, reconhece a Jesus: «É o Senhor!». «Apesar de serem tantos, não se rompeu a rede», a saber, a unidade da Igreja. Só a presença de Jesus ressuscitado pode dar eficácia ao trabalho evangelizador dos seus discípulos». O êxito da missão não se deve à arte e ao esforço humano dos discípulos, mas à Presença viva e à Palavra do Ressuscitado que reúne a sua Igreja na Eucaristia: «Vinde comer». «Bem sabiam que era o Senhor». «Abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-n’O ao partir o pão».

«Somos testemunhas destes factos, nós e o Espírito Santo que Deus concedeu àqueles que lhe obedecem». A Igreja, que nesta semana roga ao Senhor pelas vocações consagradas, vive da Eucaristia, «o centro vital ao redor do qual desejo que se congreguem os jovens para alimentar a sua fé e o seu entusiasmo» (São João Paulo II). Vamos contar tudo o que acontece no caminho da nossa vida e, como na Eucaristia, O reconhecemos ao partir o Pão. Jesus, companheiro de viagem, fala connosco, alimenta-nos com o seu pão, faz arder o nosso coração na comunhão do Seu amor para que, no amor, O reconheçamos. O facto mais bonito que temos para contar uns aos outros é o nosso encontro com Jesus na Eucaristia.

“Quando foi que eu encontrei o Senhor? Quando foi que o Senhor se aproximou de mim? E esse encontro, eu o partilhei para dar glória ao Senhor? E também eu escuto os outros quando falam sobre o seu encontro com Jesus?» (Papa Francisco).

«Digno é o Cordeiro que foi imolado de receber o poder e a riqueza, a sabedoria e a força, a honra, a glória e ou louvor». «Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro o louvor e a honra, a glória e o poder pelos séculos dos séculos». «Eu vos louvarei, Senhor, porque me salvastes» (Sl 29). No Dia da Mãe, rezemos: Santa Mãe de Deus, rogai por nós.

Padre Manuel Reis, OCD

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