«O Filho do homem não veio para ser servido,
mas para servir e dar a vida pela redenção de todos»
«Servir e dar a vida pela redenção de todos»: assim nos apresenta, São Marcos, neste Domingo, o sentido da vida, da vocação e missão de Jesus ao vir a este mundo. Não o do «non serviam» («não servirei») de Lúcifer, mas o «serviam» («servirei») do «Servo do Senhor». «Veio» para «servir e dar a vida», e esta, pela «redenção de todos». O serviço da vida é vida de serviço de «amor até ao fim», de «dar a vida» para «ter vida em abundância». O «maior amor» é «dar a vida» ao serviço de Deus e de todos. «Fazei-vos servos uns dos outros pela caridade». Ama mais quem mais serve e dá a vida para o bem de todos. Na verdade, o Filho do homem, o Servo do Senhor «ofereceu a sua vida como sacrifício de expiação, justificou a muitos, tomou sobre si as suas iniquidades, e teve uma descendência duradoira». «O Sumo sacerdote, provado em tudo, à nossa semelhança, excepto no pecado, compadeceu-se das nossas fraquezas». Se «os olhos do Senhor estão voltados para os que O temem, para os que esperam na sua bondade, para libertar da morte as suas almas e os alimentar no tempo da fome», então, «a nossa alma espera o Senhor: Ele é o nosso amparo e protector». Então, suplicamos: «Venha sobre nós a vossa bondade, porque em Vós esperamos, Senhor». Por isso, «vamos, cheios de confiança, ao trono da graça, a fim de alcançarmos misericórdia e obtermos a graça de um auxílio oportuno». Fazemo-lo na Eucaristia dominical, rezando, em comunhão com toda a Igreja «pro multis», «por todos»: «Desça sobre nós a vossa misericórdia, porque em vós esperamos, Senhor».
A Igreja celebra hoje o 98º Dia Mundial das Missões 2024 com o lema «Ide e convidai a todos para o banquete». «É vital que hoje a Igreja saia para anunciar o Evangelho a todos». «A alegria do Evangelho é para todo o povo, não se pode excluir ninguém». A missão da Igreja é «ida incansável rumo a toda a humanidade para a convidar ao encontro e à comunhão com Deus». «Felizes os convidados para a Ceia do Senhor». «O banquete nupcial do Filho, que Deus preparou, permanece para sempre aberto a todos, porque grande e incondicional é o seu amor por cada um de nós». «Jesus tem por nós um amor tão incompreensível que quer que tenhamos parte com Ele na salvação das almas. Não quer fazer nada sem nós. O criador do universo espera a oração de uma alma pobrezinha para salvar as outras almas resgatadas como ela pelo preço de todo o seu sangue». «Oxalá todos nós, batizados, nos disponhamos a sair de novo, cada um segundo a própria condição de vida, para iniciar um novo movimento missionário, como nos alvores do cristianismo». Numa «cultura de morte», anunciemos o «Evangelho da vida». Com o júbilo e a solicitude da nossa Mãe, saiamos e levemos a todos o convite do Rei Salvador. Santa Maria, Estrela da evangelização, rogai por nós!».
Padre Manuel Reis