Domingo no Carmelo

Domingo XXXIII do Tempo Comum

8.º Dia Mundial dos Pobres

«Reunirá os seus eleitos dos quatro pontos cardeais»

Neste ano dedicado à oração, precisamos de fazer nossa a oração dos pobres e rezar com eles. (…). O verdadeiro pobre é o humilde que acredita firmemente que pode recorrer ao amor misericordioso de Deus, diante do qual se encontra como o filho pródigo que regressa a casa arrependido para receber o abraço do pai. O pobre, sem nada em que se apoiar, recebe a força de Deus e coloca n’Ele toda a sua confiança. A humildade gera a confiança de que Deus nunca nos abandonará e não nos deixará sem resposta. Aos pobres que habitam as nossas cidades e fazem parte das nossas comunidades, recomendo que não percam esta certeza: Deus está atento a cada um de vós e está perto de vós. Ele não se esquece de vós, nem nunca o poderia fazer. Todos nós fazemos orações que parecem não ter resposta. Por vezes, pedimos para sermos libertados de uma miséria que nos faz sofrer e nos humilha, e Deus parece não ouvir a nossa invocação. Mas o silêncio de Deus não significa distração face ao nosso sofrimento; pelo contrário, contém uma palavra que pede para ser acolhida com confiança, abandonando-nos a Ele e à sua vontade. “O juízo de Deus será em favor dos pobres”. Da pobreza, portanto, pode brotar o canto da mais genuína esperança.

Ó Deus da paz, Pai nosso, Tu conheces os sofrimentos dos Teus filhos, porque estás atento e preocupas-te com todos. Ninguém está excluído do Teu coração, uma vez que, diante de Ti, todos somos necessitados. Tu chamas-nos a sermos Teus instrumentos para a libertação e a promoção dos pobres, para que esses possam integrar-se plenamente na sociedade.

Ó Senhor Jesus, que foste o primeiro a solidarizar-se com os últimos, ensina-nos a escutar a oração dos pobres. Ajudai-nos a colocar-nos à sua disposição, dando voz à resposta do Pai, Teu e nosso, que nunca abandona aqueles que a Ele recorrem.

Ó Espírito Santo, doador de vida, torna-nos vigilantes e perseverantes na oração para podermos acolher e abraçar os pobres, reconhecendo e servindo Cristo neles.

Ó Maria Santíssima, Mãe de Deus, Virgem dos pobres, uma vez que Deus olhou para a Tua humilde pobreza, realizando grandes coisas com a Tua obediência, confiamos-Te a nossa oração, convictos de que subirá até ao céu e será ouvida.

Ó São Bento José Labre, “vagabundo de Deus”, pobre entre os pobres, que fizeste da Tua existência uma oração incessante que subia até Ele, roga por nós, para que também nós possamos rezar e amar.

Ó Santa Madre Teresa de Calcutá, que da oração tiravas força e fé para a Tua missão de serviço aos últimos, roga por nós, para que Jesus coloque o Seu amor nos nossos corações, para podermos dá-lo aos pobres que encontramos no nosso caminho. Ámen. Aleluia!

Padre Manuel Reis, OCD

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