«Toma o Menino e sua Mãe e foge para o Egipto»
A Festa da Sagrada Família de Nazaré seria mais bela para as nossas famílias se, como cantava alguém, «as mães fossem Maria, os pais fossem José, e a gente se parecesse com Jesus de Nazaré».
«Maria e José de modo algum se podem separar de seu Filho na liturgia do Natal. Eles não têm neste tempo uma festa própria, pois todas as festas do Senhor são “suas” festas, festas da Sagrada Família. Eles não “se aproximam” do presépio, pois estiveram sempre ali; e quem se aproxima do Menino aproxima-se também deles, que estão totalmente mergulhados na sua luz celestial» (Edith Stein).
«Como será belo conhecer no Céu tudo o que se passou na Sagrada Família!… Como me parece que era simples a vida deles!… Que bem me faz pensar que a vida da Sagrada Família era uma vida simples… Tudo na vida deles se passou como na nossa» (S. Teresinha).
Neste Domingo da Abertura solene do Ano Jubilar de Esperança, agarremo-nos à âncora da esperança na terra firme das nossas famílias, migrantes ou não, e abramos os corações à esperança que nunca desilude. Não percamos a esperança, pois «foi na esperança que fomos salvos» e «Jesus, nosso Salvador, espera por todos nós».
«Jesus, o Verbo eterno de Deus feito homem, é a Porta escancarada; é a Porta escancarada que somos convidados a atravessar para redescobrir o sentido da existência e a sacralidade de todas as vidas – todas as vidas são sagradas –, e para recuperar os valores basilares da família humana. Ele espera-nos na soleira da porta. Espera por cada um de nós, sobretudo pelos mais frágeis: espera as crianças, todas as crianças que sofrem por causa da guerra e da fome; espera os idosos, os nossos antepassados, muitas vezes obrigados a viver em condições de solidão e abandono; espera aqueles que perderam a própria casa ou fogem da sua terra para tentar encontrar um refúgio seguro; espera os que perderam ou não encontram trabalho; espera os prisioneiros que, apesar de tudo, continuam a ser filhos de Deus, sempre a ser filhos de Deus; espera aqueles que são perseguidos por causa da sua fé e são tantos!» (Papa Francisco).
Padre Manuel Reis, OCD