«A vossa libertação está próxima»
No Advento vivemos a espera vigilante, orante e activa do Senhor que vem salvar-nos. «Não serão confundidos os que esperam em Vós” (Sl 24, 3). A esperança não defrauda, porque o Senhor veio, vem e virá. De facto, «Ele veio a primeira vez, na humildade da natureza humana, realizar o eterno desígnio do vosso amor e abri-nos o caminho da salvação; de novo há-de vir, no esplendor da sua glória, para nos dar em plenitude os bens prometidos que, entretanto, vigilantes na fé, ousamos esperar».
Acendemos a primeira vela da coroa do Advento, no Domingo I do Advento, porque a Igreja celebra na Eucaristia o advento do Senhor, a Sua vinda intermédia e actual como «luz do mundo», «aguardando em jubilosa esperança a última vinda de Cristo». Somos convidados, durante o Advento, a «vigiar» o que acontece na Igreja e no mundo, a «rezar» pela paz, a pedir «Vinde, Senhor, Jesus», e a prepararmo-nos para «irmos ao seu encontro»: «Despertai, Senhor, nos vossos fiéis a vontade firme de se prepararem, pela prática das boas obras, para ir ao encontro de Cristo, de modo que, chamados um dia à sua direita, mereçam alcançar o reino dos Céus».
«Vigiai e orai em todo o tempo», «erguei-vos e levantai a cabeça», «tende cuidado convosco», «crescei e abundai na caridade uns para com os outros e para com todos», «cumprindo as normas do Senhor Jesus, progredindo ainda mais no modo de agradar a Deus», porque «haveis de ver o Filho do homem vir numa nuvem, com grande poder e glória», porque a «vossa libertação está próxima», «para que possais livrar-vos de tudo o que vai acontecer e comparecer diante do Filho do homem» e «o Senhor confirma os vossos corações numa santidade irrepreensível, diante de Deus, nosso Pai, no dia da vinda de Jesus, Nosso Senhor, com todos os santos», «dia que atingirá todos os que habitam a face da terra». «Para Vós, Senhor, elevo a minha alma», «mostrai-me, Senhor, a vossa misericórdia e dai-me a vossa salvação», «guiai-me na vossa verdade e na vossa justiça», «porque Vós sois Deus, meu Salvador».
«E quando no fim dos tempos,
De novo Cristo vier,
Mereçamos ser chamados
Para a glória dos eleitos».
Padre Manuel Reis, OCD