Domingo no Carmelo

Domingo VI da Páscoa

«Ninguém tem maior amor
do que aquele que dá a vida pelos amigos»

Deus é amor. Enviou ao mundo o seu Filho Unigénito, para que vivamos por Ele. Não faz acepção de pessoas. O Espírito Santo difundia-se também sobre os gentios. Assim como o Pai me amou, também Eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos. Permanecei no meu amor. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando. Já não vos chamo servos, chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi a meu Pai. Tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo concederá.

«Oh! Senhor meu, como sois Vós o amigo verdadeiro! E quão poderoso, quando quereis, podeis e nunca deixais de querer, se Vos querem! Louvem-Vos todas as coisas, Senhor do mundo! Oh! quem desse vozes por ele, para dizer quão fiel sois a Vossos amigos! Todas as coisas faltam; Vós, Senhor de todas elas, nunca faltais… Falte-me tudo, Senhor meu, mas se Vós não me desamparais, eu não Vos faltarei a Vós… Não me falteis Vós, Senhor, que eu já tenho experiência do lucro com que deixais a quem só em Vós confia» (S. Teresa de Jesus, Vida 25, 17).

Ó Jesus, meu primeiro, meu único Amigo! Tu, a quem UNICAMENTE amo, diz-me, que mistério é este?… Ó Jesus! deixa-me, no excesso da minha gratidão, deixa-me dizer-Te que o teu amor vai até à loucura… Como queres, perante tal Loucura, que o meu coração não se eleve para Ti? Como poderia ter limites a minha confiança?… Ó Jesus! se eu pudesse dizer a todas as pequenas almas quão inefável é a tua condescendência… Nas, porque desejar comunicar os teus segredos de amor, ó Jesus? Não és só Tu a ensinarmos? E não podes acaso revelá-los a outros? Sim, estou certa disso, e peço-Te que o faças. Suplico-Te que baixes o teu olhar divino sobre um grande número de pequenas almas… Suplico-Te que escolhas uma legião de pequenas vítimas do teu AMOR!…» (S. Teresa do Menino Jesus, Ms B 4v-5v).

«Parece-me que nada diz mais o amor que está no Coração de Deus do que a Eucaristia: é a união, a consumação, é Ele em nós, nós n’Ele, e não é isto o Céu na terra? O Céu na fé aguardando a visão do face a face tanto desejada» (S. Isabel da Trindade, Carta 165).

Padre Manuel Reis

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