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Festa do Baptismo do Senhor

«Jesus foi baptizado e, enquanto orava, abriu-se o céu»

No Evangelho do Batismo do Senhor, Jesus foi batizado e enquanto orava, abriu-se o céu. A água do Jordão estremeceu, a pomba deu testemunho, a voz do Pai declarou: «Este é o meu Filho». Como Jesus no seu baptismo, assim a «Igreja sinodal» é uma «Igreja orante», constituída por discípulos-missionários que, na sua condição de filhos de Deus, oram no Espírito, com Cristo, ao Pai, no Cenáculo na noite de Páscoa, se tornam amigos de Deus e, como irmãos que se amam uns aos outros, colaboram na missão de todo o Povo de Deus, dando testemunho da força das relações fundadas na Trindade.

«Uma Igreja sinodal caracteriza-se como espaço onde as relações podem florescer, graças ao amor recíproco que constitui o mandamento novo deixado por Jesus aos seus discípulos. No seio de culturas e sociedade cada vez mais individualistas, a Igreja, “povo reunido na unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo”, pode dar testemunho da força das relações fundadas na Trindade (…) O apelo à renovação das relações no Senhor Jesus ressoa na pluralidade dos contextos em que os seus discípulos vivem e realizam a missão da Igreja (…) Cada novo passo na vida da Igreja é um regresso à fonte, uma experiência renovada do encontro com o Ressuscitado que os discípulos experimentaram no Cenáculo na noite de Páscoa».

O batismo do Senhor, na água, no sangue e no Espírito,  recorda-nos que «o apelo à alegria e à renovação da Igreja no seguimento do Senhor, no empenho ao serviço da sua missão, baseia-se na identidade batismal comum, enraíza-se na diversidade dos contextos em que a Igreja está presente e encontra a sua unidade no único Pai, no único Senhor e no único Espírito. Interpela todos os baptizados, sem exceção: “Todo o Povo de Deus é o sujeito do anúncio do Evangelho. Nele, cada batizado é convocado para ser protagonista da missão, porque todos somos discípulos missionários”. O caminho sinodal orienta-nos assim para uma unidade plena e visível dos cristãos, como testemunharam, com a sua presença, os delegados das outras tradições cristãs. A unidade fermenta silenciosamente no seio da Santa Igreja de Deus: é profecia de unidade para todo o mundo».

«Da parte de Jesus, o seu Baptismo é a aceitação e a inauguração da sua missão de Servo sofredor… Vem, desde já, para “cumprir toda a justiça”. Quer dizer que Se submete inteiramente à vontade do Pai e aceita por amor o baptismo de morte para a remissão dos nossos pecados. A esta aceitação responde a voz do Pai, que põe toda a sua complacência no Filho. O Espírito que Jesus possui em plenitude, desde a sua conceição, vem “repousar” sobre Ele e Jesus será a fonte do mesmo Espírito para toda a humanidade. No Baptismo de Cristo, “abriram-se os céus”, que o pecado de Adão tinha fechado e as águas são santificadas pela descida de Jesus e do Espírito, prelúdio da nova Criação» (Catecismo da Igreja Católica).

Padre Manuel Reis, OCD

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